O Tabuleiro Politico

União Brasil Rompe com Lula e Promete Expulsar Filiados que Insistirem em Apoiar o Governo Petista

O União Brasil, partido com a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados, anunciou nesta sexta-feira (02/08/2025) sua ruptura definitiva com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, liderada pelo presidente da sigla, Antonio Rueda, inclui a entrega de dois dos três ministérios ocupados pelo partido — Turismo e Comunicações — e a expulsão de qualquer filiado que insistir em permanecer no governo ou apoiar a reeleição de Lula em 2026. A medida, que reflete a guinada à direita da legenda, expõe a fragilidade da base aliada do petista e reforça a consolidação de um bloco de centro-direita para as próximas eleições presidenciais. A crise foi precipitada por declarações contundentes de Rueda durante um evento da XP Investimentos em São Paulo, onde criticou duramente a gestão Lula. O presidente do União Brasil acusou o governo de “falta de metas, ineficiência econômica e responsabilidade pelo tarifaço imposto por Donald Trump” ao Brasil, atribuindo a Lula uma postura internacional que teria isolado o país. “O presidente provocou essa situação ao se alinhar com regimes autoritários e enfraquecer o diálogo com os Estados Unidos”, afirmou Rueda, segundo apuração do Metrópoles. As críticas, feitas na presença de empresários e CEOs, geraram desconforto no Planalto, levando Lula a convocar uma reunião fora da agenda com os ministros Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Nacional) na última terça-feira (29/07). Na reunião, Lula cobrou fidelidade dos ministros e condicionou sua permanência ao apoio do partido no Congresso. A resposta de Rueda veio em forma de ultimato: Celso Sabino, único filiado ao União Brasil, será expulso caso opte por permanecer no governo como cota pessoal do presidente. Frederico Siqueira, embora não filiado, também terá de deixar o Ministério das Comunicações, já que sua indicação é do partido. Waldez Góes, ligado ao PDT, mas indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), deve ser preservado, evidenciando a influência de Alcolumbre dentro da legenda. A decisão de saída, que será formalizada em setembro, foi endossada pela cúpula do partido, que já havia selado uma federação com o PP, um dos principais opositores do governo Lula, em abril deste ano. O rompimento do União Brasil com o governo não é apenas um golpe na articulação política de Lula, mas uma clara sinalização de que a legenda aposta em um projeto próprio para 2026. Rueda destacou nomes como Ronaldo Caiado, governador de Goiás, Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr. e Romeu Zema como possíveis candidatos da centro-direita, com Caiado sendo o pré-candidato oficial do partido. “Não estaremos com Lula em 2026. Nosso compromisso é com princípios, não com cargos”, declarou Rueda em postagem no Instagram, reforçando a independência da sigla. A federação União-PP, que forma o maior bloco do Congresso, pretende liderar a oposição ao PT e construir uma alternativa ao petismo e ao bolsonarismo, rejeitando qualquer apoio à reeleição de Lula. A postura do União Brasil reflete o esgotamento de uma aliança que nunca foi plenamente consolidada. Apesar de ocupar três ministérios, o partido votou com o governo em apenas 49,87% das ocasiões na Câmara em 2024, segundo levantamento da Arko Advice, ficando atrás de outros partidos do Centrão, como MDB e PSD. A insatisfação com a falta de emendas parlamentares e divergências sobre cortes de gastos já vinham minando a relação, culminando na substituição de Elmar Nascimento (BA) na liderança da bancada, vista como excessivamente alinhada ao Planalto. Enquanto Lula enfrenta dificuldades para manter sua base no Congresso, a saída do União Brasil amplifica os desafios para sua reeleição. O partido, que elegeu 59 deputados, deixa o governo em um momento de crise econômica e política, agravada pelo tarifaço de Trump, que Rueda atribui à “diplomacia equivocada” do petista. A narrativa do União Brasil ecoa o discurso de setores que criticam a esquerda por priorizar ideologia em detrimento do interesse nacional, uma linha que ressoa com o pensamento de Olavo de Carvalho sobre a necessidade de um conservadorismo pragmático para enfrentar o avanço do progressismo. A expulsão de filiados que apoiem Lula reforça essa guinada ideológica, sinalizando que o partido não tolerará dissidências em sua nova trajetória oposicionista. O desembarque do União Brasil é um alerta ao PT: sem uma base coesa, o projeto de reeleição de Lula em 2026 está sob ameaça. A federação União-PP, agora a maior força do Congresso, posiciona-se como um contrapeso ao petismo, prometendo pautar o debate político com bandeiras de eficiência econômica e soberania nacional. Resta saber como o Planalto reagirá a esse revés e se conseguirá recompor sua coalizão em um cenário cada vez mais polarizado.

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