Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi condenado a 2 anos de prisão em regime aberto pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme decisão unânime nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025. A pena é resultado do acordo de delação premiada firmado por Cid, no qual ele detalhou o envolvimento de Bolsonaro e outros aliados em uma trama golpista para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.
Cid foi condenado pela tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, crime entendido como tentativa de golpe de Estado, além de ser responsabilizado por organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e intimidade de patrimônio tombado. A delação foi essencial para o aprofundamento das investigações e fundamentou o voto do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que manteve os benefícios da colaboração premiada, apesar de rejeitar o pedido de perdão judicial integral feito pela defesa de Cid.
Além da pena de dois anos em regime aberto, o acordo prevê a restituição de bens e valores apreendidos, extensão dos benefícios da delação para familiares de Cid, e proteção à sua família pela Polícia Federal. Esta decisão reforça o peso da colaboração premiada no combate aos atos contra a democracia, ao mesmo tempo em que evidencia a complexidade e o alcance das investigações sobre o caso envolvendo Bolsonaro e sua rede.
