O Tabuleiro Politico

André Ventura, líder do partido Chega e principal expoente da direita nacionalista em Portugal, sofreu um mal súbito na noite desta terça-feira (13) durante um comício em Tavira, na região do Algarve, a poucos dias das eleições legislativas marcadas para 18 de maio. O incidente, ocorrido após Ventura ingerir um copo de água, gerou comoção entre apoiadores e levantou especulações, embora autoridades médicas descartem, por ora, causas graves como infarto.

Ventura, de 42 anos, discursava para uma plateia de apoiadores quando, após tomar água, levou a mão ao peito e, visivelmente debilitado, foi amparado por sua equipe de segurança. Imagens capturadas por presentes e divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o político se abaixa e é rapidamente retirado do palco. Socorrido por ambulâncias presentes no local, Ventura foi encaminhado ao Hospital de Faro, onde permanece sob observação para exames complementares.

Segundo Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, Ventura está “bem” e “consciente”, tendo sido aconselhado pelos médicos a realizar avaliações detalhadas. “Ele falou conosco e disse algo importante: ‘Não desistam, porque vamos ganhar as eleições’”, relatou Pinto ao jornal Público. Um eletrocardiograma realizado na ambulância não indicou alterações significativas, e a equipe médica descartou a possibilidade de infarto, embora a causa do mal-estar ainda esteja sob investigação.

O episódio ocorre em um momento crítico para o Chega, que se consolidou como a terceira força política no Parlamento português, com 50 deputados, e busca capitalizar o descontentamento popular em meio à instabilidade política. As eleições de domingo, convocadas após a queda do governo de centro-direita de Luís Montenegro em março, são as terceiras em três anos, refletindo a fragmentação do cenário político português. Pesquisas indicam que o Chega pode obter cerca de 17,9% dos votos, um leve recuo em relação ao ano anterior, mas ainda expressivo para um partido fundado em 2019.

A trajetória de Ventura, ex-comentarista esportivo que fundou o Chega com uma plataforma antissistema e anti-imigração, tem polarizado o país. Seus defensores veem-no como um defensor da “Portugalidade” e da ordem, capaz de romper com décadas de alternância entre socialistas e sociais-democratas. Críticos, por outro lado, acusam-no de explorar o sentimento anti-imigração e de adotar uma retórica populista que ameaça a coesão social. Apesar de escândalos recentes envolvendo membros do partido, que abalaram sua imagem de “lei e ordem”, Ventura mantém uma base fiel, impulsionada por sua forte presença nas redes sociais, onde acumula milhões de visualizações.

O mal súbito de Ventura gerou reações imediatas. No evento, apoiadores fizeram um brinde à recuperação do líder, enquanto nas redes sociais circularam especulações infundadas sobre possível envenenamento, amplificadas por posts que sugerem “malfeito”. Tais alegações, contudo, carecem de qualquer respaldo oficial e devem ser tratadas com cautela, especialmente em um contexto eleitoral tão acirrado.

Do ponto de vista de uma imprensa comprometida com os valores da direita, o incidente reforça a necessidade de proteger líderes que desafiam o establishment, como Ventura, cuja voz ressoa entre portugueses desiludidos com a política tradicional. Sua recuperação é essencial não apenas para o Chega, mas para a defesa de uma agenda que priorize soberania, segurança e identidade nacional. Enquanto o país aguarda atualizações sobre sua saúde, a mensagem de Ventura – “não desistam” – ecoa como um chamado à resiliência em tempos de crise.

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