
Brasília, 22 de julho de 2025 – O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de todas as contas bancárias, chaves Pix, bens móveis e imóveis e o salário do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL‑SP), também filho do ex‑presidente Jair Bolsonaro.
A decisão judicial
- Emitida de forma sigilosa ainda no sábado (19/07), a medida visa paralisar financeiramente Eduardo, que está nos Estados Unidos, onde atua para mobilizar sanções contra o STF e o Brasil.
- O bloqueio abrange contas, saldos, Pix, imóveis, veículos e até o recebimento da remuneração parlamentar.
- A justificativa oficial é interromper a “asfixia financeira” das atividades de Eduardo no exterior, apontadas como tentativa de pressionar o Judiciário.
Reação de Eduardo Bolsonaro
O parlamentar classificou a medida como parte de um “passo natural de ditadura” e uma “decisão arbitrária e criminosa” do “ditador Alexandre de Moraes”. Em entrevista, ele afirmou:
“Esse bloqueio não me surpreende. É só mais uma decisão arbitrária e criminosa do ditador Alexandre de Moraes…”
Eduardo garantiu que prosseguirá com sua campanha por sanções contra ministros do STF, incluindo Moraes — mesmo tendo dinheiro retido.
Contexto da investigação
A medida integra o inquérito que apura a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, em que ele teria articulado pressões externas e sortes de sanções contra o Brasil, financiado por recursos enviados pelo pai, Jair Bolsonaro — estimados em cerca de R$ 2 milhões.
Essa ação se soma a restrições já impostas a Jair Bolsonaro: tornozeleira eletrônica, uso proibido de redes sociais, recolhimento domiciliar e proibição de contato com diplomatas e membros do STF.
Impactos políticos e legais
- A retenção do salário e dos recursos financeiros de Eduardo fragiliza suas atividades internacionais, dificultando a tentativa de atrair apoio ou sanções externas.
- O bloqueio pode ter reflexos internos: sua licença do mandato venceu em 20 de julho, e, sem retorno, pode haver risco de cassação por faltas.
- Politicamente, tende a intensificar a narrativa bolsonarista de perseguição do Judiciário, podendo mobilizar ainda mais o eleitorado conservador.