O Tabuleiro Politico

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), primeira mulher trans eleita para o Congresso Nacional, enfrenta uma onda de críticas nas redes sociais após a revelação de que contratou maquiadores como assessores parlamentares em seu gabinete, com salários de até R$ 9,6 mil pagos com verba pública. A polêmica, que ganhou tração no X em 23 de junho de 2025, foi amplificada por acusações de hipocrisia, com usuários resgatando declarações pré-eleitorais de Hilton, nas quais ela criticava pessoas negras que alisavam o cabelo ou clareavam a pele para “esconder a negritude”. A controvérsia expõe tensões sobre o uso de recursos públicos, a imagem pública da deputada e debates sobre identidade racial e estética no Brasil.

A Polêmica das Contratações

A controvérsia começou com denúncias no X, como a do usuário @lucaspavanato, que afirmou que Hilton nomeou maquiadores como assessores comissionados, com um deles viajando para a Europa às custas públicas. O usuário @rodrigomarcial_ reforçou que os maquiadores aparecem em eventos e viagens internacionais retocando a deputada, enquanto o PSOL defende as contratações como “trabalho legislativo”. As postagens geraram milhares de visualizações, com críticos questionando a legitimidade das funções.

Hilton respondeu no X em 24 de junho, afirmando: “Eles não foram nomeados por me maquiar e sim por contribuírem muitíssimo com a minha atuação parlamentar, seja na pauta LGBTQIA+ ou em tantas outras que meu mandato toca diariamente”. Ela admitiu conhecer os profissionais como maquiadores, mas destacou que foram contratados por habilidades administrativas, fazendo maquiagem apenas ocasionalmente. A deputada acusou os críticos de perseguição, sugerindo transfobia e racismo.

O Portal da Transparência da Câmara mostra que deputados têm R$ 111 mil mensais para contratar até 25 assessores, com salários de R$ 1,1 mil a R$ 15,7 mil, sem exigência de formação específica. Críticos, como @xicograziano, chamaram a justificativa de “risível”, enquanto apoiadores defenderam que políticos contratam profissionais de confiança. O Metrópoles destacou que contratações de pessoas próximas são comuns, mas questionáveis quando não ligadas ao mandato.

Acusações de Hipocrisia: Declarações Pré-Eleitorais

Usuários resgataram vídeos pré-eleitorais de Hilton criticando pessoas negras que alisavam o cabelo ou clareavam a pele. Em um vídeo postado por @O_Venenosin, ela diz: “Eu tenho muito orgulho da minha cor, minhas raízes, meu cabelo, nariz, do meu povo e do meu sobrenome! ✊🏾”, enquanto críticos apontam que ela alisou o cabelo, pintou de loiro e usa maquiagem que “clareia” a pele. Outro vídeo, compartilhado por @TomRipley22, mostra Hilton ironizando loiras com “cabelo oleoso”, mas depois aparecendo loira.

As acusações reacendem debates sobre estética negra. Hilton, ativista pelos direitos negros e trans, já falou sobre pressão estética em entrevista à COLORSXSTUDIOS, defendendo sua expressão feminina. Críticos, porém, veem contradição com seu discurso inicial. O JSTOR Daily aponta que mulheres negras enfrentam críticas tanto por estilos naturais quanto por alisamento. Apoiadores, como no r/BrasildoB, defendem suas escolhas como pessoais e acusam os ataques de transfobia.

Contexto Político e Social

Hilton, eleita vereadora em 2020 com 50.508 votos e deputada em 2022 com 256.903, é uma figura central em pautas progressistas, como a Frente Parlamentar LGBTI+. Sua visibilidade nas redes, com 3,6 milhões de seguidores, é estratégica, mas a expõe a escrutínio. A polêmica reflete a pressão estética sobre mulheres negras e trans, como apontado pelo Washington Post.

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