O REAL MOTIVO DA ANTECIPAÇÃO DAS ELEIÇÕES…

Um movimento incomum e pouco codificado pelos críticos jornalísticos (grande parte da imprensa) e até mesmo pelos técnicos da comunicação política no Brasil, esta centrado na antecipação do processo eleitoral, fenômeno que muitos consideraram fato isolado nas eleições de 2024 quando cerca de um ano e meio antes da eclosão jurídica e apenas isto, do pleito (16/08/2024) os pré-candidatos começaram a mostrar-se ao público, numa desenfreada busca pelo voto.
Neste artigo, vamos desbravar este fato, mostrando de forma calara e analítica, que este movimento se perpetuará no Brasil e que isso significa, sobretudo, duas coisas: uma ampla profissionalização do nosso mercado e que político que desce do palanque depois das eleições, está com os dias contados na vida pública.
Quando eu comecei no mercado ( que não nos ouçam, mas já se vão décadas, risos), os eleitos vivam uma constante lua-de-mel com os seus eleitores, o que perdurava por mais de dois anos, enquanto isto, os derrotados, estavam pelo mesmo período ou até prazo maior, curando suas férias, o que rede expressões, como por exemplo: “A porca mordeu a cabeça de fulano” fulano = político derrotado), e esta, praticamente, virava um morto-vivo, perambulando e tentando entender os motivos que o levaram a derrota.
Já se vão mais de uma década e meia, pelo menos, que com o aparecimento e proliferação do marketing digital à serviço dos políticos e da política, esta pirâmide sofreu uma grande inversão, haja visto que, já não há períodos longos pu o eterno-namoro dos eleitos com os seus, nem há, por parte dos não-eleitos que nem sempre são de fato, perdedores, tempo e vontade de ficarem lambendo seus hematomas, pois a próxima batalha já é logo ali, e atuarão de forma direta ou indireta, e por isto, as reações são quase-que imediatas, e a melhor forma de mostrar esta força, é seguir em frente.
Mas Sena, e o que isto tem a ver com a profissionalização do processo eleitoral?
Simples, ora, ora…
Tínhamos como uma quase “verdade absoluta”, de que no mandato, nós usaríamos o processo de comunicação, como e apenas, assessoria de imprensa, o que podemos classificar como comunicação informativa ou não-persuasiva, dando apenas a visão ao cidadão (não mais eleitor, pois já não tinham mais eleições naquele momento, o papel era bem claro, informar e não persuadir…
Nesta época, o Consultor Político, atuava nas campanhas e era “congelado” por dois anos, e vou confessar a vocês, eu me sentia mesmo entrando numa câmara de congelamento, onde eu iria repousar e milagrosamente em menps de dois anos, saía dali “pronto” para os novos desafios, mas vamos pensar um pouco?
Como é que numa ciência que evolui e involui a cada dia, (e como involui…) onde somos provados várias vezes dentrdo de um mesmo dia, como era a performance neste sombrio período?
A resposta, é simples, complicadas!
Nesta época, ainda sem a conexão tão oportuna que a web nos trouxe, nosso intercâmbio e troca de experiências, era dada somente pelos livros, principalmente aqui no Brasil, os do Mestre Carlos Augusto Manhanelli (In memoriam), os seminários, aos quais ficamos órfãos após sua partida, mas a nossa geração, principalmente após a popularização das redes sociais como YouTube, Instagram, começou um importante movimento, e hoje, nós atuamos com excelência, seja ou não ano eleitoral em nosso país, que é o que tem o maior processo eleitoral simultâneo do mundo democrático, com as eleições municipais, que com exceção de Brasília e. Fernando de Noronha, elegem prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em mais de cinco mil e quinhentos municípios do nosso continental Brasil.
Portanto, caros amigos, alunos e simpatizantes dos meus artigos, é fundamental entendermos que, o vencermos uma eleição, além de gerir ou legislar, não podemos deixar de nos comunicar persuasivamente, ou seja, a propaganda é sim, a alma do game, termino contando alguns cases que pude atonitamente presenciar no ano passado, quando fiz mais de 60 diagnósticos, desde a Amazônia, ate o sul, quase encostando no Uruguai, passando por grandes cidades no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, prefeitos eleitos, que simplesmente não investiram sequer uma moeda ou o valor de um picolé em suas comunicações de mandato, vereadores, que praticaram o assistencialismo a ponto de terem a energia de suas próprias casas cortadas pela falta de pagamento, e não conseguiram ao longo de quatro anos, mostrar com clareza mesmo em cidades pequenas, as ações que beneficiaram de fato a população, verdadeiramente, por um simples fator: só fizeram ações de vaidade, enobrecendo seus estômagos para auferir aplausos de sua trupe de puxa-sacos e asseclas, que por serem desqualificados, dizem amém para ações inconsistentes e sem impacto social, e por isto, entenda senhoras e senhores, comunique com frequência, comunique-se de forma assertiva mas convincente, combata as narrativas adversárias e esteja sempre atento à gestão de crise, e nós, consultores políticos, estamos prontos para desenvolver ferramentas personalizadas para combater todas as anomalias do seu mandato, e ainda, preparados para que sua campanha em 2026, não leve sua imagem política ao ostracismo, ou pior, para a lama, meu mestre sempre dizia que Consultor Político é como vinho, os baratos irão lhe dar uma grande dor de cabeça no dia seguinte, e é claro que não poderia terminar este artigo sem agradecer a um colega a qual tenho uma grande admiração pelo trabalho, que começou a usar a minha frase “Caro mesmo é perder a eleição”, por ética, não citarei seu nome, mas amigo, muito obrigado, quem me copia, de admira, um forte abraço e até nosso próximo papo.
Oarlem Sena, é Consultor Político com Atuação Internacional, Escritor do Livro Os Fundamentos do Novo Marketing Eleitoral, que será em breve lançado pela Editora Fonte de Papel, Palestrante, Mentor, criador da Mentoria Mandato Estratégico e auxiliou mais de 2 mil candidatos eleitos pela Academia de Vereadores, da Inovação Política em 2024.
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